A poluição dos mares e oceanos ameaça a vida na água

Está mais do que na hora de fazermos nossa parte para ajudarmos a vida na água.

Os mares e oceanos são fonte de vida: contém uma grande parcela da biodiversidade do nosso planeta e fornecem recursos naturais para a sobrevivência de comunidades costeiras. Porém, a ação humana está colocando a vida da água e a saúde dos mares em risco.  Atualmente, cerca de 40% dos oceanos são considerados densamente afetados por ações do homem.

Segundo a ONU, a taxa média global de reciclagem de plástico é de 25%, sendo que dos materiais não reciclados, a maioria vai parar nos oceanos, poluindo-os. No documentário da Netflix, “Seaspiracy – Mar Vermelho”, de 2021, alguns dados alarmantes são colocados em tela: canudinhos são responsáveis por apenas 0,03% da poluição dos mares, por exemplo. Ali, a pesquisadora protagonista do filme, descobre que cerca de 50% de todo plástico no oceano vêm de redes de pesca abandonadas no mar. Além disso, são necessários pelo menos 450 anos para que uma garrafa plástica se decomponha e desapareça do meio ambiente.

De acordo com um estudo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), anualmente, são despejados aproximadamente 11 milhões de toneladas de plástico nos oceanos e o volume de plástico nos mares pode triplicar até 2040, se não houver uma ação rigorosa de redução desse material.

Como mudar essa realidade e salvar os oceanos?

Países da ONU estabeleceram um tratado considerado vital para salvar o ecossistema marinho, com diretrizes para colocar 30% dos mares sob proteção até 2030. O consenso foi alcançado após uma maratona de negociações que teve início em 20 de fevereiro de 2023 e continuou até a noite de 4 de março, segundo a Ecoa UOL.

O documentário da Netflix, citado anteriormente, também deixa uma reflexão aos seus espectadores: será que deixar de comer peixes é uma boa solução para ajudar os mares e oceanos? Afinal, a pesca irregular é uma das maiores indústrias poluentes da água.  E sim, diminuir, eliminar ou se atentar ao consumo de peixes é uma alternativa para ajudar os oceanos, assim como diminuir o consumo de plástico.

Os microplásticos também têm sua parcela de culpa na poluição dos mares e muitos produtos de cuidado pessoal possuem microplásticos, você sabia? Ao comprar esse tipo de produto, evite os que contêm micropartículas: basta olhar na lista de ingredientes e buscar por nomes como polipropileno, polietileno, tereftalato de polietileno ou metacrilato de polimetilo. Se esses ingredientes estiverem presentes, não compre.

Algumas estimativas apontam que, se não for diminuído o ritmo com que se descartam itens plásticos, até 2050 os oceanos terão mais plásticos que peixes, e 99% das aves marinhas terão ingerido o material. Está mais do que na hora de fazermos nossa parte para ajudarmos a vida na água.

Se quiser saber mais sobre a Vida na Água e o ODS 14, assista ao episódio de As Aventuras de Nina!

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