Olha o Peixe! vende produtos da pesca artesanal e incentiva o consumo sustentável
Empresa social conta até com loja online para aproximar pescador do consumidor
Fortalecer as comunidades de pescadores e promover um consumo mais consciente dos pescados. Este é o objetivo do empreendimento social Olha o Peixe!, situado no litoral do Paraná. A startup conecta o pescador artesanal que reúne a produção com os consumidores finais, levando, além do produto, informações técnicas que auxiliam o consumo responsável. A ação por trás deste negócio está calcada no ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis, que visa assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis.
O negócio social também tem como objetivo mudar a lógica do consumo de pescados no Brasil. Isso porque, apesar de possuir um vasto litoral (são mais de 7 mil quilômetros de costa), o consumo anual de peixe no país é de apenas 10,5kg por habitante, conforme último dado divulgado em fevereiro de 2024, a partir da Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE de 2018. Para se ter uma ideia, a média global está na casa dos 20,5kg por pessoa ao ano.
Para transformar esse cenário e promover uma oferta mais ampla de alimentos para o consumidor, Olha o Peixe! oferece uma série de informações sobre os pescados, que podem ser encomendados e recebidos na mesma semana. Além disso, a startup possui um clube de assinatura, em que, mensalmente, é entregue um pescado escolhido pela pessoa, que também tem acesso a outros benefícios e descontos.
Recentemente, inclusive, a empresa lançou um novo site (olhaopeixe.com.br) e loja virtual (loja.olhaopeixe.com.br) para expandir a comercialização de pescados e também vender outras opções de peixe e frutos do mar. Agora, os consumidores acessam de forma mais detalhada informações sobre intensidade dos sabores, sazonalidade, probabilidade de um pescado ter ou não espinhos, sugestões menos conhecidas para consumo etc.
Do ponto de vista ambiental, o negócio procura diminuir o impacto na natureza. Por exemplo, a startup não negocia espécies ameaçadas de extinção nem aquelas que estão em período de reprodução. O foco é que as pessoas consumam produtos de pescarias de menor escala, caso da pesca artesanal local, já que essas provocam um prejuízo menos voraz à biodiversidade marinha, especialmente ao se comparar com a pesca industrial, que causa mais danos e ainda concentra mais capital nas mãos de poucos.
Se quiser saber mais, acesse o site e conheça o projeto. O endereço tem uma área de blog com diversos artigos interessantes relacionados ao tema. Tem até como aprender a fazer feijoada de frutos do mar! Mas destacamos o texto “10 Benefícios da Pesca Artesanal e da Pesca Seletiva para a Preservação dos Recursos Naturais”, com mais argumentos sobre a necessidade da produção e consumo responsáveis para a preservação do meio ambiente e, consequentemente, da humanidade.
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