Companhia de teatro gaúcha aborda sobre lendas africanas nas escolas
Por meio da cultura, artistas buscam fortalecer a história e cultura negra no Brasil

Utilizar o teatro como ferramenta para apresentar a cultura africana e conscientizar adolescentes e jovens. Esse é o trabalho do projeto Lendas Africanas nas Escolas, que percorre o município de Santa Maria e demais cidades do interior do Rio Grande do Sul, levando cultura e dando voz aos negros ao mostrar sua potência por meio de histórias de seu povo.
O projeto coaduna com três metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): 4 – Educação de qualidade, 10 – Redução das desigualdades e 16 – Paz, justiça e instituições eficazes. Além disso, a proposta fortalece a lei nº 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana na educação básica. Dessa forma, a companhia de teatro coloca em prática o que foi preconizado pelo Governo Federal ao sancionar essa lei há mais de 20 anos e que, no entanto, acabou “não pegando”, como se diz comumente, isto é, não se materializou no cotidiano das unidades escolares.
Iniciado em 2018, o Lendas Africanas nas Escolas foi idealizado pelos produtores Marcos Caye Lara e Karina Maia Dick, com a montagem da peça “Ananse: o primeiro contador de histórias”. A partir daí outras peças e montagens surgiram, mas todas sempre com a temática africana em voga. Exemplo delas é a peça de contação de histórias “Kiriku: a lenda do menino guerreiro”, que também foi editada em formato espetáculo e com elenco maior. Atualmente, essa peça tem percorrido as escolas de Santa Maria a partir de financiamento da Lei Paulo Gustavo da Prefeitura de Santa Maria e Governo Federal.
Na lenda, Kiriku é um recém-nascido superdotado que sabe falar, andar e correr muito rápido. Ele se torna o salvador de sua aldeia da feiticeira Karabá, que deu fim a todos os guerreiros, secou a sua fonte d’água e roubou todo o ouro das mulheres. No fim, Kiriku liberta a feiticeira de uma maldição, livrando toda a aldeia do seu mal. Enfim, um conto que mostra o negro protagonista, dando uma outra visibilidade a partir de sua cultura. Por isso, a iniciativa se mostra muito importante e totalmente calcada nos ODS.
Quem quiser saber mais sobre a lenda, há um filme de 1998. Clique aqui e saiba mais.
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