Ecofaxina atua no combate à poluição dos mares e manguezais
Instituto desenvolve ações voluntárias e de educação ambiental na Baixada Santista

Com quase 17 anos de história, o Instituto EcoFaxina já recolheu mais de 90 toneladas de lixo em ações voluntárias pelas praias e manguezais da Baixada Santista, no Estado de São Paulo. A entidade sem fins lucrativos atua no combate ao descarte irregular de lixo que acaba sendo levado aos oceanos. Seu objetivo é reduzir o aporte de plástico nas águas, voltando-se para a limpeza e a recuperação de áreas degradadas.
Essa é uma das maiores lutas, entre tantas outras fundamentais para a existência humana, que tem sido travada atualmente. Não à toa, compõe o ODS 14 – Vida na água, que envolve a conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.
Um dos principais problemas para a vida marinha, e que por vezes parece ser insolúvel, é a invasão do microplástico nas nossas águas. Por isso, atuar na contramão desse processo é tarefa difícil, mas fundamental do Instituto EcoFaxina.
Um exemplo da gravidade do problema é um estudo recente publicado pelo próprio Ecofaxina e pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN). Divulgado na revista Marine Pollution Bulletin, o trabalho mostrou que o rio dos Bugres, localizado entre Santos e São Vicente, é o segundo mais contaminado por microplásticos do mundo.
Para se ter uma ideia, em um dos locais analisados pelo estudo, as amostras apresentaram uma concentração de mais de 93 mil partículas de microplástico por quilograma de sedimento coletado, que pode ser areia ou lama do fundo do rio. O rio vice-campeão de microplástico sofre com ocupações irregulares presentes nas suas duas margens e o consequente despejo ilegal de esgoto e de outros resíduos. Ou seja, pessoas vivendo em moradias extremamente insalubres, sem coleta de esgoto e descarte correto de lixo.
Para tentar evitar esse cenário devastador, o Instituto EcoFaxina efetua ações de educação ambiental e de conscientização da comunidade em relação ao lixo e o que é necessário fazer para que este não chegue aos ecossistemas naturais. Desde 2008, o Ecofaxina promove ações voluntárias com a comunidade e desenvolve projetos para políticas públicas e geração de renda para as comunidades que vivem nas palafitas.
Além de recolher o lixo dos mangues e praias, que em si não resolve o problema, a meta é criar condições para que os resíduos não cheguem nesses lugares. Nesse caminho, uma cooperativa de reciclagem está em projeto, envolvendo os moradores das palafitas, oportunizando a geração de renda e a gestão desse trabalho a essas comunidades.
O Instituto EcoFaxina tem uma página para quem deseja ser voluntário ou mesmo apoiador do projeto. Clique aqui e saiba mais.
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