Pontos de atenção em 2023 para alcançar a Agenda 2030
Das 169 metas, 54,4% estão em retrocesso, 16% estagnadas, 12,4% ameaçadas e 7,7% mostram progresso insuficiente, no Brasil.

A Agenda 2030 é um plano global de cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, criados pela ONU. Divididos em 17 objetivos, que contemplam as dimensões econômica, social e ambiental, são 169 metas específicas e todos os países devem fazer sua parte para concluir tais metas e objetivos, tornando o mundo mais sustentável para as gerações presentes e futuras.
De acordo com estudo apresentado pela Câmara dos Deputados, o Brasil não avançou em nenhum ponto da Agenda 2030 nos últimos dois anos: das 169 metas, 54,4% estão em retrocesso, 16% estagnadas, 12,4% ameaçadas e 7,7% mostram progresso insuficiente. Em julho de 2023 acontecerá o Fórum Político de Alto Nível da ONU (HLPF), incentivando os países membros à “plena implementação da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável em todos os níveis”.
Naiara Bertão, em seu blog para a Valor, comentou sobre três pontos que devem ser foco em 2023 para um dos ODS, o ODS 5, igualdade de gênero. Para ela, deve-se aumentar o número de mulheres em carreiras de Exatas, Ciências e Tecnologia; é essencial falar sobre os dilemas e necessidades em torno da maternidade e o crescimento profissional e é preciso implementar políticas de equidade e igualdade de remunerações.
Ainda segundo a matéria da Valor, em 2021, o projeto de lei n° 130, de 2011, que prevê multa para empresas que pagarem salários diferentes para homens e mulheres que exerçam a mesma função, foi vetado pelo então presidente Jair Bolsonaro. É necessário trazê-lo de volta ao plenário, para nova votação.
Como nova Ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva tem o desenvolvimento social como principal pauta e recriou, como primeiro ato na nova estrutura, a ministra recriou a Secretaria Nacional de Mudança Climática e criou uma nova secretaria, a Secretaria Extraordinária de Controle do Desmatamento e Ordenamento Territorial e Fundiário. Em consonância com o Ministério das Relações Exteriores, onde será criada uma Secretaria de Clima, Meio Ambiente e Energia.
Segundo a revista Carta Capital, 2023 é o ano das florestas. Após o declínio do desmatamento observado nos governos Lula e Dilma, ele cresceu 60% nos quatro anos de governo Bolsonaro, porém, segundo o Coordenador do Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá) e veterano nas discussões sobre biodiversidade, Renato Cunha, o Brasil pode liderar uma agenda de mudança global com a autoridade de quem protege sua megabiodiversidade, em 2023.
Estão prontos para ver os governantes e responsáveis pela pauta serem protagonistas no ano de 2023? Nos episódios de As Aventuras de Nina, você pode descobrir como fazer a sua parte para alcançarmos a Agenda 2030.